domingo, 18 de julho de 2010

Há crianças que ficam...

Custa-me vê-las partir...
Algumas crianças custa-me ver partir, aquelas crianças que de bom agrado adoptaria como meus filhos. Muitas delas são rapazes é verdade... O David, o Pedrinho, o Gui, o João e aqueles mais rebeldes que gostaria de puder educar o Tiago, o Gonçalo...

Os rapazes têm uma tendência natural para serem verdadeiros e simples e alguns têm uma essência que brilha de uma maneira diferente da das raparigas. Talvez porque elas são sempre mais complexas, mesmo em pequeninas...

O João... De olho cinzento e tão querido.
O Gui... De personalidade já forte.
O David... De riso inconfundível. Que parecia compreender já muita coisa. Com um lado misterioso adorável.
O Pedrinho... Tão pequenino e frágil. "Ritinha..." - Chamava-me ele. ^.^
O Tiago... Parvo metade dos dias. Gostava de me morder e de quase a arrancar-me o braço. Na outra metade dos dias lembrava-se e dava-me abraços e beijinhos e sorria para mim.
O Gonçalo... Olhar que diz muito. Mania que era rebelde. Um rapaz que quando queria sabia ser muito mais do que demonstrava.
...

Todos eles gostavam de me dar abraços, uns demonstravam isso de uma maneira mais notória que outros, mas todos eles abraçavam-se a mim de vez em quando. E para mim um abraço é algo que fica para sempre.

As crianças têm disto, têm a capacidade de tornarem o nosso mundo mais brilhante e enriquecem-no mal nos dão o prazer de deixar-nos fazer parte da sua vida.

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